Liberdade de expressão?

Já ouviu falar naquela frase “a minha liberdade termina onde começa  a sua?” Acho que é esse clichê que resume as diversas notícias que tenho lido e que me revoltam um pouco no sentido de fazer o que quero na hora que quero, ou melhor de dizer o que quero.

Vejo notícias de comediantes de stand-up que perdem o amigo,  sofrem processos, mas não perdem a piada.  Até onde eles podem comentar a vida dos outros, os trejeitos e as características físicas sem ferirem a liberdade da pessoa ser o que é, até onde esse tipo de comédia não se torna forçada?

Tá era “brincadeirinha”, mas mesmo com toda a liberdade de expressão, ainda não devemos nos esquecer que tudo tem um bom senso, um limite, um respeito para com a condição, a moral e os costumes dos outros e se aquela pessoa específica (não digo se for um estereótipo social) não autorizou determinados comentários, os mesmos devem ser guardados para si.

Com a internet isso fica cada dia mais difícil, as indiretas mais que diretas postadas no facebook, as imagens e as milhares de frases. Muitas vezes, piadas e comentários indiretos podem ser mal interpretados e a pessoa que o publicou pode até perder a amizade, o emprego ou a vaga na faculdade.

É isso mesmo, a vaga na tão sonhada faculdade. Li uma reportagem esses dias (essa aqui) que dizia que nos EUA, já existe essa restrição, pede-se que o candidato navegue pelo facebook em um dos períodos de seleção. Não duvido nada que essa moda pegue por aqui também em processos de seleção de empregos já que uma amiga me disse hoje que a instituição na qual ela trabalha dispõe de uma psicóloga para controlar o facebook próprio da instituição, bem como analisar as postagens de alunos e professores que estão adicionados nesse perfil. Sim muchachos, cada vez mais as empresas estão tomando esse cuidado (diria eu invadindo a privacidade alheia), destituindo a minha liberdade de expressão que quiçá um dia foi alcançada e que a cada dia vem sendo podada novamente.


Resta-me prever que o final disso tudo será como na época da ditadura, onde quando quiser falar de algo “polêmico” será de forma velada, usando figurações porque o mínimo que eu disser colocará minha cabeça em Xeque.