Fonte:http://enkantosdalena.blogspot.com.br/2015/06/janelas-da-vida.html
Ela já não
precisava mais compartilhar momentos agonizantes com aquelas pessoas,
elas haviam partido....sem demora, sem lembrança e sem aviso.
Aquelas noites
acordada, aquela preocupação, aquelas pessoas às quais ela chamava
de amigos.
Por alguma razão,
nada do que ela fizera faria sentido...sem adeus ou explicação...o
que seria tudo aquilo? Por vezes se questionava, havia dado o melhor
de si (embora por vezes também tenha dado o pior, coisa de humanos),
ela sabia que de tudo havia feito...mas ainda assim, eles se foram...
O tempo que
passava, os questionamentos sumindo, lembranças ruins se desfazendo,
pessoas conhecendo, o sol brilhando mais forte no horizonte, flores
coloridas, pastos verdejantes, e até o canto dos pássaros lhe
parecia mais bonito.
Ao que outrora
parecia solidão, ela deu outro nome: autoconhecimento; deixara de
apenas observar aquela paisagem pela grande janela envidraçada ou
pela porta, respirava fundo e corria em disparada...
Havia tanto o que
se ver, conhecer, reconhecer, dentro e fora de si... Havia paisagens
fora e dentro dos olhos dela, a alma, eles eram agora sim, sua
janela.
E desprovida de
medo, esquecera o que era rejeição, entregava-se à curiosidades,
desde pinturas, artes e a música, aquela sua velha paixão.
Entendeu que idas
e vindas fazem parte, e só permanece o verdadeiro, o corajoso, quem
se faz pronto a paz e também ao combate.
Não cabem mais os
momentos ruins, o caos, basta aprender com eles e deixa-los sumir, agora só
cabe esperança aqui.
Dia desses
encontrei-me com ela novamente, sorridente, fazia meus olhos
brilharem, esquecer-me da ansiedade, dos maus bocados, fez aquele céu
estrelado parecer dia... E eu sentia a paz enquanto uma brisa suave
caía sobre mim, e sorri, era ela, prazer, alegria!
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