Antes de tudo, peço desculpas a vocês pelo sumiço no
domingo passado. Na última semana eu recebi duas notícias. A primeira é que
recebi uma promoção (Uhul!), e a segunda é que, pra isso, terei que ir morar em
outra cidade. Desse dia pra cá, minha vida tá uma loucurinha básica, mas o
importante é o aumento no salário.
Então, seus lindos, eis que, a partir deste domingo, vocês têm
uma pessoa ainda mais gabaritada pra lhes dar conselhos sobre dinheiro
finanças, rs. E o primeiro post dessa nova fase é um resuminho comparando o
depósito a prazo com outras formas de investimento tradicionais, continuando
nossa conversa sobre o assunto que começou no meu post anterior. Vamos lá?
CDB/RDB
Os certificados de depósito bancário e recibos de depósito
bancários serão os representantes do depósito a prazo sobre os quais
discorrerei. Normalmente, a opção que eu indico aos clientes que vão aplicar
valores abaixo de R$ 5.000 e que têm aversão a risco é o CDB. Sua rentabilidade
não costuma ser das mais altas, mas se configura uma boa alternativa à
poupança, na medida em que tem rentabilidade diária e, dependendo do indexador,
possui resgate automático do valor aplicado e de seus investimentos. Apesar
disso, existe a cobrança de imposto de renda sobre os rendimentos desta
aplicação, portanto o ideal é comparar a rentabilidade líquida de imposto de
renda com a rentabilidade da poupança. Outra característica do CDB é não haver
taxa de administração como nos fundos, pelo fato de estarmos adquirindo já um
ativo, o que aumenta a rentabilidade.
Poupança
A sistemática da poupança já é nossa velha conhecida, assim
como a segurança de nossas aplicações nesta modalidade. A maioria dos aplicadores
começa com uma caderneta de poupança, até conhecer e entender melhor o mercado
e as outras opções de investimento que ele oferece. A grande vantagem da
poupança é ser uma aplicação extremamente segura e simples, sem sequer a
incidência de imposto de renda. É considerada a forma mais tradicional de
investimento. Contudo, sua remuneração é bastante limitada, sendo, atualmente
definida como a TR + 70% da Selic ao mês, sempre que esta for menor que 8,5% ao
ano (caso contrário, permanece a TR + 0,5% ao mês). Além disso, a rentabilidade
não é diária como no CDB, e sim mensal, na data de “aniversário” de cada
aplicação. Ou seja, se eu fizer um depósito de R$ 100,00 e precisar resgatar 15
dias depois, minha conta terá os mesmos R$ 100,00, já que o dinheiro teria que
ficar aplicado 30 dias para ter algum rendimento, diferente de uma aplicação
com rentabilidade diária, em que todos os dias o dinheiro rende um pouco.
Fundos de investimento
Os fundos de investimento funcionam mais ou menos como um
condomínio, onde cada pessoa aplica um valor (chamado de cota), e o montante
investido pelos cotistas é gerido por um especialista que vai comprar ativos
financeiros diversos, de forma a rentabilizar o fundo de acordo com seus
objetivos e características. Como o fundo compra muitos ativos diferentes, não
ficando restrito a um só tipo, a rentabilidade que ele alcança tende a ser mais
alta, só que isto vem atrelado a um risco um pouco maior, por isso recomenda-se
escolher fundos que sejam administrados por instituições sólidas e com bom
comportamento no mercado. Existem muitos fundos com baixíssimo risco, como os
fundos referenciados, pois eles escolhem um tipo de indexador e correm atrás da
mesma rentabilidade, sem se arriscarem muito no mercado. Os fundos de
investimento cobram taxa de administração e alguns deles cobram outras taxas,
como a de performance (que é quando o fundo tem rentabilidade superior ä
orçada), mas todas as taxas cobradas pelo fundo têm de estar em seu prospecto e
em seu regulamento, por isso é importante ler tudo. Há também a cobrança de
imposto de renda.
Feito o comparativo, o mais importante é entendermos o
funcionamento da forma de aplicação que escolhemos e calcularmos nossos
rendimentos, pois as mudanças que sempre ocorrem no mercado afetam muito a
rentabilidade de cada tipo de investimento.
Beijo grande.
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