Depósito a prazo, WTF?!


Para minha primeira postagem no Curinotizando escolhi falar de um assunto meio chato, meio difícil e que pode fazer com que as pessoas passem a deliberadamente ignorar os posts dominicais do blog – não façam isso, sério :~ -, mas eu prometo que  se você entender tudo direitinho e começar a colocar em prática, seu rico dinheirinho poderá começar a, como eu sempre digo, trabalhar pra você. Um dos meus intuitos como colaboradora do Curinotizando é tornar mais acessíveis os conhecimentos sobre finanças, mercado de capitais e essas coisinhas que, à primeira vista, podem parecer complicadas.

Decidi abordar como primeiro assunto o depósito a prazo, que é um tipo de aplicação acessível e altamente possível de customizar, dependendo das necessidades de cada investidor. Abordarei o assunto em três posts, para que não fique cansativo. No primeiro, trataremos do conceito. No segundo, falaremos das vantagens, desvantagens e uma comparação com outras formas de investimento tradicionais. E, por fim, farei um post com detalhes sobre diversas possibilidades de depósito a prazo.

Não é novidade que a remuneração que costumávamos receber por nossas aplicações na poupança sofreu uma redução considerável e, se ainda havia muita gente resistindo a sair do tradicional investimento, esta mudança na remuneração estimulou uma procura por formas de investimento mais rentáveis e, ainda assim, seguras. Quase todos os dias respondo perguntas sobre qual a melhor alternativa à poupança e a resposta depende sempre de diversos fatores, mas certamente uma das boas alternativas que temos é o depósito a prazo.

Mas o que é esse depósito a prazo, D’Emery? É como se fosse um empréstimo que nós fazemos ao banco, e recebemos uma remuneração em forma de juros pelo capital que emprestamos, tal qual um empréstimo em que o banco disponibiliza o recurso e nós pagamos os juros. Para que os bancos possam realizar a intermediação financeira, seu objetivo essencial, eles precisam captar recursos de uma fonte superavitária – ou que tem dinheiro sobrando – para que possam disponibilizá-los a uma fonte deficitária – ou que precisa de dinheiro. O depósito a prazo é uma forma de captação de recursos para os bancos.

Existem diversos tipos de depósito a prazo e meu objetivo não é abordar agora todos de forma técnica e/ou profunda, mas discutir as principais características e montar um leque de opções para que vocês possam ter segurança e decidir qual delas é mais adequada ao objetivo de investimento pretendido. Os tipos de depósito a prazo mais comercializados atualmente são os CDB e os RDB (respectivamente, certificado de depósito bancário e recibo de depósito bancário), sendo que a diferença principal entre as duas opções é o fato de a primeira permitir negociação e transferência de titularidade, enquanto a segunda não conta com esta opção. São inúmeros os indexadores que norteiam as remunerações, por isso há uma variação de taxas pagas pelos diversos tipos de CDB, por exemplo. Pode-se fixar um prazo para receber a aplicação ou pode-se defini-la como aplicação de curto prazo indexada ao DI ou à Selic, permitindo rentabilidade e liquidez diárias. Pelas características dos investimentos, o primeiro certamente remunerará melhor que o segundo.

Entendido o conceito, espero que vocês pensem com carinho sobre a importância de pouparmos uma parte dos nossos rendimentos e sobre a possibilidade de variar os investimentos de forma segura. Dúvidas, críticas, sugestões de posts, vamos  discutir nos comentários!

Bom restinho de fim de semana a todos!
Fernanda D’Emery

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